Cabo Verde - Ilha de Maio (1ª parte) - Out 2016
Comprei bilhete de barco para, 6a feira, tinha que estar no porto às
15h.
A Laura (a espanhola despachada e descontraída) e um amigo dela, Ritxa Kursha, decidiram
acompanhar-me em cima da hora. Uma surpresa super agradável :)
O Ritxa Kursha é um rapaz rastafari muito boa onda, que vim a
descobrir ser um famoso cantor rap da cidade da Praia. É também graças a ele
que adotei a frase: "está tranquilo, está favorável!", utilizada por ele amiúde, e que se aplicou
perfeitamente à viagem que fizemos de barco.
Chegados ao porto, se não
fosse a Laura nunca poderia adivinhar que bastava andarmos 10min
pela praia e estávamos no Porto Inglês, onde se encontra a avenida
principal e também a residencial onde ficámos, após regatearmos o preço
dos quartos.
À hora que chegámos, foi poisar as coisas e sair.
À hora que chegámos, foi poisar as coisas e sair.
Deu para virar umas kriolas enquanto fazíamos o reconhecimento de algumas das ruas mais próximas e o Ritxa despachava um frango assado (estava cheio de fome!)
Terminámos em frente a um bar na praia, com os pés na areia.
Juntaram-se a nós o Yaka, um rapaz muito simpático que também veio no barco connosco, e o
Israel, um artesão, percussionista e que acumula funções como
interpretador de sonhos.
O ponto alto da noite, para mim, foi pouco mais tarde quando, sob o foco de luz de um barco que apontava para a areia, o Israel chama atenção para a sombra de uma carapaça de tartaruga que se aproximava. Ficámos em silêncio, e passados alguns momentos, tal como surgiu, a tartaruga partiu mar a dentro. Mágico!
Só no dia seguinte percebi que estava no paraíso e que nos tinha saído a sorte grande, à séria! A residencial tinha uns terraços muito simpáticos, com uma vista privilegiada sobre uma praia magnífica, de areia branca, pintalgada de barcos e um azul de mar hipnótico de bonito. A dona é uma senhora italiana muito simpática (que só fala de facto italiano) e a "gerente" a Maria, uma mulher de Maio, com imenso afeto (apesar de não ter feito um ar contente com o regatear do preço) e que a pouco e pouco virou nossa "mamazita" :)
Alugámos um carro, com tração às 4 rodas, para dar a volta à ilha e arrancámos os 3 (eu, Laura e Ritxa), comigo ao volante.
Fomos diretos a Ribeira D. João e depois nem vos sei explicar bem, mas através de picada, por montes sem caminho definido, chegámos a uma praia selvagem, fabulosa! Quando mergulhei na água, lembro-me de pensar que estava preparada para conduzir em qualquer lado.
Fomos diretos a Ribeira D. João e depois nem vos sei explicar bem, mas através de picada, por montes sem caminho definido, chegámos a uma praia selvagem, fabulosa! Quando mergulhei na água, lembro-me de pensar que estava preparada para conduzir em qualquer lado.
Seguimos depois caminho passando por Figueira Seca, Pilão Cão, Alcatraz, Pedro Vaz, Praia Gonçalo, Santo António e Cascabulho. As paisagens são extraordinárias! Apesar do verde que se vê nesta altura, adivinha-se que a maior parte do ano deve ter um aspecto lunar, de tão árido que é o terreno.

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