São Tomé e Príncipe - Ilha de São Tomé - Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição - Junho 2014
A minha
viagem a São Tomé teve início com um dos dias mais stressantes de que
me recordo.
De facto,
só consegui a certeza que teria condições
para apanhar o avião às 21h30 (3h antes do voo)! Cheguei ao aeroporto de
São Tomé, numa 6ª feira, bem cedinho!
Após deixar a minha mochila na
residencial, fui comprar um cartão local para o telefone e dirigi-me de imediato
à embaixada portuguesa. Sim, porque afinal esta viagem tinha o propósito claro de conhecer
organizações e projetos sociais no país, que se destacassem pelas boas
práticas.
No mesmo dia que cheguei, para além de iniciar o agendamento de uma série de reuniões que viria a ter ao longo da minha estadia, contactei o meu querido amigo
Eduardo Malé (artista plástico com um trabalho muito interessante, sem dúvida
a acompanhar!) Tive uma sorte imensa porque o Malé, para além de ser um homem de
muito bom gosto, é um excelente cicerone.
Nos primeiros dias, deixei-me guiar por ele, ao ritmo do
leve-leve da cidade de São Tomé, conhecendo diferentes espaços, restaurantes e
bares, e tornando alguns deles rotinas diárias minhas, como o bar Pico Mocambo, a gelataria Gelidoxi ou o snack bar Papa-Figo.
Levou-me a diversas praias como a de Guadalupe e Fernando
Dias, com direito a peixinho assado, ali mesmo!
Apresentou-me ainda diversas pessoas, algumas delas
vieram a tornar-se personagens de referência nesta viagem como o Miguel, o
Caló, o Gudi, a Patrícia, o Décio, o Kevin, entre outros! A cidade é pequena e muito simpática e é com facilidade que nos cruzamos uns com os outros.
S. Tomé e Príncipe é um país de contrastes fortes. De uma beleza natural inspiradora e de cortar a respiração, é frequentemente comparado a um grande jardim. A população dá para encher um estádio de futebol (o recenciamento de 2012 dá conta de 188.000 pessoas), e portanto grande parte do território é floresta. As ilhas são vulcânicas e o país é atravessado pela linha do equador, no ilhéu das Rolas.
No Domingo, o Malé conduziu-me a Neves (uma das cidades mais pobres, a norte da ilha) para conhecer o trabalho desenvolvido
pelas Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. A Irmã Lúcia, diretora técnica, é
uma mulher extraordinária pela seu dinamismo e garra e, conversando com ela,
percebe-se porque é que é tão respeitada em todo o país, tanto pela população
como pelas instituições. Nesta cidade a organização procura contribuir para o desenvolvimento integral da população através da gestão do jardim-de-infância, escola, lar de idosos e projetos de emprego para a comunidade local (carpintaria e atelier de costura).
Vale mesmo a pena conhecer o trabalho que realizam e foi
emocionada que regressei naquele dia a casa.
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