Indonesia - East Bali / Quando nos deixamos levar pela vida - Dez 2012
O meu amigo Luís veio
visitar-me e resolvemos conhecer East bali.
Depois de pernoitarmos muito
perto de Amed, seguimos viagem.
Em Jemeluk
parámos para fazer snorkeling num spot considerado muito bom que tem um navio
japonês afundado. Não sei como vos diga mas, 5 minutos depois de ter entrado,
fui mordida numa perna por um peixe. Um PEIXE!! Qual é a probabilidade disto
acontecer ??!!
Aparentemente não é uma
coisa assim tão rara naquela zona. Disseram-me que deveria ser um peixe tigre,
conhecido pela sua agressividade quando se passa perto do sítio onde ele tem os
ovos... Devia ser, porque o bicho era laranja com riscas pretas e apareceu do
nada. Mas para além de dois buraquitos, só uma valente nódoa negra para mostrar
aos amigos e risota (coisa que ainda se fala em Ulu Watu, tão estúpida foi a
situação).
Mantive-me no mar por mais
algum tempo para tentar ver aquela zona de corais mas confesso que a
experiência me toldou a capacidade de tirar prazer daquele momento e acabei por
sair da água.
Dali, lá fomos nós até
Tulamben (spot bom para snorkeling também) mas a menina já não estava capaz de
mais aventuras marinhas por isso arrancámos para estradas interiores
secundárias (o truque é sempre este, fugir das principais), sempre com grandes
vistas panorâmicas e mais frescas porque de montanha.
Acabámos por ir até Muncan
e, enquanto confirmávamos onde raio estávamos, fomos abordados por um senhor de
71 anos, professor reformado e cheio de vontade de interagir com estrangeiros.
Convidou-nos para ir até casa dele, reforçando que era o melhor que fariamos porque
iria começar a chover. Acedemos e, passados uns minutos de termos chegado, toca
de cair uma tromba de água que foi um disparate. Mimados com bolos caseiros
balineses e chá, lá estivemos na palheta um bom bocado, à espera que a chuva parasse. À despedida,
aconselhou-nos a ir a um sítio perto de Sidemen (que nem vem no mapa) e lá
fomos nós.
Caríssimos, aquilo é que
era! Um vale absolutamente magnífico, recortado por um rio, rodeado de campos
de arroz, dispostos em sucalcos, acompanhado pelo cheiro a terra molhada. Para
quem gosta de trekking, aquele é um sítio maravilhoso. Dormimos aqui e no dia
seguinte explorámos melhor o local.
Seguimos para Semarapura,
uma cidade simpática, conhecida pelo Taman Kertha Gosa (palácio da família
real) e pelo Puputan Monument (uma estrutura completamente fálica que, viemos a
confirmar, é um monumento alusivo à masculinidade 😉).
Depois foi regressar a
casa (leia-se Ulu Watu), massagem e jantar na Tratoria que o Luis estava com
desejos de comida ocidental. Devo-vos confessar que a mim também me soube bem 😋
Hoje acordei pela
fresquinha para levar o Luis até ao aeroporto.
Devo confessar que me
custou deixá-lo ir. O Luís foi um companheirão estes 10 dias e sabe sempre bem
estar com alguém que nos conhece, mas em breve estarei de volta e esta tem sido
uma experiência muito interessante e enriquecedora.
A manter o exercício de
deixar-me levar pela a vida em vez de tentar levá-la a ela...
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