Thailand - Koh Lanta /Around Kantiang - March 2017
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O melhor
que fiz foi mudar para Kantiang Bay!
O sul da
ilha é lindo e muito mais selvagem. Talvez porque tem menos turistas, as
pessoas locais também me parecem mais amistosas ao primeiro contacto.
Este
comentário não tem subjacente qualquer juízo de valor em relação aos
tailandeses. Na verdade, julgo que a responsabilidade é, em certa medida, dos
estrangeiros. Koh Lanta
tem zonas lindas, naturais (a parte Este e Sul da ilha) e curiosamente menos
turísticas.
É na
parte Norte e Oeste que estão a concentração de bares, restaurantes e hostels.
É também nesta zona onde se concentram mais visitantes, que procuram praias
para se bronzear, próximas de sítios onde haja festa (música, copos e outras
ofertas, até tarde). Frequentemente estes sítios descaracterizam-se e ficam
muito parecidos a outros destinos. Perdem o interesse para os locais que se
cansam de se sentirem desrespeitados nas suas tradições, ou que querem estar sossegados, e
mudam-se para outros sítios. Não é que não sejam lugares bonitos, mas há um
ambiente que torna difícil o que considero um “turismo sustentável”.
Chamo de
“turismo sustentável” aquele em que, para além de se usufruir do lugar onde se
está e do melhor que dispõe, existe uma genuína preocupação em respeitar os locais
e os seus costumes. Procura uma integração no meio e dar algo em troca (sem ser
apenas dinheiro).
Não digo
que se tenha necessariamente de fazer voluntariado (embora facilite imenso a
integração e o conhecimento aprofundado do local), mas julgo que se nos
oferecermos ao estabelecimento de verdadeiras relações com as pessoas, procurar
conhecê-las e ir ao encontro delas, é extremamente gratificante e não há nenhum
povo (seja onde for) que não aprecie essa intenção e essa demonstração de
respeito.
É exactamente
neste estado de espírito que me encontro actualmente! Apetece-me usufruir da
beleza natural e de fazer amigos. Estou mais chilled out do que de festa rija, e Kantiang Bay é sem dúvida uma
óptima opção para mim.
Quando me
mudei para o Hidden Cliff hostel, no dormitório estava apenas a Francisca (uma
chilena bonita, com uma personalidade marcada) e o Laike (um inglês sorridente
e tranquilo).
Depois de
me instalar comecei a explorar melhor esta zona.
Descobri no
próprio dia que o Toppy Bar (presta
apoio a um resort no alto de uma colina) tem uma piscina muito simpática, que
oferece uma vista privilegiada sobre Kantiang e é especialmente interessante
para assistir ao pôr-do-sol.
Nessa
noite fui jantar com o Luke (inglês comunicativo e boa onda) e a Jojo (uma
rapariga simpática que está no hostel dele) e fiquei também a conhecer o Why not bar (um restaurante na praia,
muito concorrido já que oferece quase todos os dias música ao vivo e um
espectáculo de fogo pelas 21h).
No dia
seguinte fui, com o Laike e o Luke, conhecer Nui Bay - uma praia lindíssima,
sob uma arriba, que fica depois de Kantiang (para mim, a mais bonita até
agora). Aqui é conveniente termos atenção aos nossos sacos porque não é raro os
macacos roubarem as mochilas à procura de comida e bebida.
Tive uma
tarde fantástica e o pôr-do sol é também aqui encantador. Cada vez me convenço
mais que deveria ser um direito universal ver este espectáculo gratuito todos
os dias.
Nestes
primeiros dias fiz ainda a tour das 4 ilhas, um passeio de dia inteiro que faz
paragem para snorkeling em Koh Ngai e Koh Chuek, com almoço em Koh Maa e visita
à Esmerald cave, em Koh Mook. Gostei imenso do passeio e tive a oportunidade de
conhecer a Laura e a sua irmã gémea, duas espanholas muito muito simpáticas.
Mas
regressando ao assunto inicial, os viajantes vão e vêm. As ligações são
difíceis porque, de uma forma geral, pressupõem separações. Eu sou uma viajante
mas gosto de fazer amigos nos locais onde passo.
Desde o
primeiro dia que o staff do hostel onde estou me pareceu especialmente
simpático, apesar de pouco falar inglês.
Reparei
também num homem ocidental, tranquilo, na casa dos 70 anos e que chama a
atenção pela gargalhada bem-disposta que larga de tempos a tempos. É tratado
com especial respeito por todos e chamado de Papa Jack. Fala tailandês e assumo
que despertou a minha curiosidade.
Interagir
com pessoas que não falam uma língua comum é cansativo. Às vezes angustiante.
Mas é difícil para ambos os lados. É preciso ser-se persistente e querer muito.
E eu estou decidida a procurar conhecê-los melhor 😉
English version
The best
thing I did was to move to Kantiang Bay!
The south
of the island is beautiful and much wilder. Maybe because there are fewer
tourists, the local people also seem friendlier to the first contact.
This comment
does not underlie any judgment to Thai people. In fact, in a way, I think the
responsibility is from the foreigners.
Koh Lanta
has beautiful, natural areas (the eastern and southern part of the island) and
curiously less touristy.
It is in
the North and West that are the concentration of bars, restaurants and hostels.
It is also in this area where more visitors are concentrated, looking for
beaches to sunbathe, near places where there is party (music, alcool and other
offers, until late). Often these places are uncharacteristic and are very
similar to other destinations. They lose interest for local people that often
become tired of disrespect for their own traditions, or want to be quiet, and
move to other points. It's not that they aren’t beautiful places, but there is
an environment that doesn’t promote what I consider "sustainable
tourism".
I call
"sustainable tourism" the one in which, in addition to enjoying the
place where you are and the best it has, there is a genuine concern to respect
the place and their customs/traditions. It seeks to integrate in the local
community and to give something in return (without being just money).
I do not
say that it is necessary to do volunteer work (although it greatly facilitates
integration and in-depth knowledge of the place). But I believe that if we
offer ourselves to establish real relationships with people, in order to know and
to meet them, it is extremely gratifying for ourselves and there is no people
(wherever) who does not appreciate that intention and this demonstration of
respect.
It is
exactly in this state of mind that I am now! I like to enjoy natural beauty and
make friends. I'm more chilled out than a party girl now, and Kantiang Bay is
undoubtedly a great option for me.
When I
moved to the Hidden Cliff hostel, in the dormitory was only Francisca (a
beautiful Chilean with a marked personality) and Laike (smiling and quiet
English).
After
setting up, I started to explore this area better.
I
discovered the same day that Toppy Bar
(it supports a hilltop resort) has a very friendly pool, which offers a
privileged view over Kantiang and is especially interesting to watch the
sunset.
That
night I had dinner with Luke (good communicative English) and Jojo (a nice Swedish
girl who is in his hostel) and I also got to know Why not bar (a restaurant on the beach, very busy since it offers
almost everyday live music and a fire show at 9pm).
The next day I went with Laike and Luke to discover Nui Bay - a beautiful beach, beneath the cliff, which is after Kantiang. Here it is convenient to pay attention to our bags because it is not uncommon for monkeys to steal the backpacks in search of food and drink.
I had a fantastic afternoon and the sunset is also lovely here. I am increasingly convinced that it should be a universal right to see this free show every day.
In these
early days I also made the tour of the 4 islands, a full day trip that makes a
stop for snorkeling in Koh Ngai and Koh Chuek, with lunch in Koh Maa and visit
to the Emerald cave, in Koh Mook. I enjoyed the ride very much and had the
opportunity to meet Laura and her twin sister, two very very nice Spaniards.
But back
to the initial subject, travelers come and go. The connections are difficult
because, in general, they presuppose separations. I’m a traveler but I like to
make friends wherever I go.
From the
first day, I found the staff of the hostel where I am especially friendly,
although they speak little English.
I also
noticed a Western man, calm, in his seventies, who draws his attention from the
well-disposed laughter that comes from time to time. He is treated with special
respect for everyone and is called Papa Jack. He speaks Thai and, I assume, he
aroused my curiosity.
Interacting
with people who do not speak a common language is tiring. Sometimes harrowing.
But it's hard for both sides. You have to be persistent and to really want it.
And I am determined to try to get to know them better (reviwed by Will Flower - Thank you!!).
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