Portugal - From Argentina to Lisboa - Dec 2018
Não escrevo faz muito tempo…desde que regressei da Argentina.
“Não gostaste?”, perguntaram-me alguns amigos.
A verdade é que gostei. Gostei imenso! Foi uma viagem tão bonita e intensa que se tornou muito difícil para mim escrever sobre ela. Precisava (julgo que ainda preciso) de digerir tudo o que vivi.
Serranía de Hornocal
Esta viagem foi muito mais do que conhecer a extraordinária Buenos Aires, com todos os lugares já referidos e outros, como: a “Feria de los Mataderos” (com as suas saborosas sandwiches de “vacío”); o “Paseo del Rio Vicente Lopez”; “La Boca” ou passear-me por “El Caminito”. Em todos eles acompanhada pelo meu muito estimado Alfonso (um verdadeiro anjo da guarda!).
Foi mais que rever companheiros de viagens, como a querida Maribel, Eduardo e Carolina ou conhecer pessoas tão bonitas como a Loly, Agustin, Mariana, Facundo, Cecília, Ana Maria, Messias e toda a malta do Eco Pampa.
Foi celebrar coincidências da vida e rumar ao Norte da Argentina. Deixar-me invadir pela paz das suas paisagens montanhosas, áridas e extraordinariamente coloridas.
Foi passear-me pela bonita cidade de Yuyuy.
Foi sentir a magia de Purmamarca, uma pitoresca povoação, muito colorida, rodeada de montanhas, famosa pelo seu “Cerro de las 7 Colores” e pela relativa proximidade das lindíssimas Salinas.
Foi viver a boa vibra de Tilcara, deixar-me conquistar pelos costumes indígenas, visitar lugares misteriosos como Pucara, Garganta del Diablo, Serro de la Cruz ou las Cuevas.
Foi fazer a Quebrada de Humahuaca, visitar a belíssima igreja de Ukia, subir a mais de 4.760m de altitude e perder literalmente a respiração enquanto contemplava a maravilhosa “Serranía de Hornocal”.
E foi ter um cheirinho de Salta, com uma estadia na povoação de Iruya, que me deu a possibilidade de fazer o fabuloso "Mirador del Condor" e o trekking até San Izidro, para sempre gravado na minha memória.
Tilcara - Pucara: Juan , eu e Turco
Tudo isto tendo a felicidade de me cruzar com pessoas de coração grande como a Florencia, Juan, Turco, Alex, Franco, Diego, Diego Sanchez, Marghrete, Diego Puerta, Carlos, Gonzalo, Inácio, Ana, Emiliano, Jose, Márcia e o Henrique, Javier Rodriguez e toda a malta do Tilcara Mística Hostel.
Foi, sobretudo, experienciar de uma forma indescritível a importância e valor do sol, a infinita grandiosidade do universo e a minha infinita pequenez (e, ainda assim, ser sua “peça” única, ser terra). Muito graças ao meu encontro com o querido “mágico” Javier, que me fez sentir desperta e consciente em cada momento juntos.
Foi dar-me conta do tanto que cresço e aprendo quando viajo, mas também da importância de ter “os pés no chão” para que as coisas não pairem no ar. Foi aperceber-me do desafio que é ficar num lugar, do amor que sinto e do que desperto.
Garganta del Diablo
E foi também o voltar a Lisboa, a casa. Regressar de uma forma diferente, ciente que agora era para valer. Foi assumir que há muito que pesquiso, planeio e experimento sobre como dar voz às pessoas e que estava na hora de concretizar.
E é o que estou a fazer, de uma forma absorvente desde que cheguei, e que vou continuar a fazer em 2019 😊
English Version
I have not written in a long time ... since I returned from Argentina.
Some friends asked me: "didn’t you like it?".
The truth is that I liked it a lot. I really enjoyed it! It was such a beautiful and intense trip that it became very difficult for me to write about it. I needed (I think I still need) to digest everything I lived.
This trip was much more than knowing the extraordinary Buenos Aires, with all the places already mentioned and others, like: "Feria de los Mataderos" (with its tasty "vacío" sandwiches); "Paseo del Rio Vicente Lopez", "La Boca" or stroll through "El Caminito". In all of them accompanied by my very dear Alfonso (a true guardian angel!).
It was a chance to reunite with travel companions, like my dear Maribel, Eduardo and Carolina or meet beautiful people as Loly, Agustin, Mariana, Facundo, Cecilia, Ana Maria, Messias and all the people of Eco Pampa.
It was a celebration of life coincidences and to go to the North of Argentina. To let me be invaded by the peace of its mountainous, arid and extraordinary colorful landscapes.
It was a walk in the beautiful city of Yuyuy.
A way to feel the magic of Purmamarca, a picturesque village, very colorful, surrounded by mountains, famous for its "Cerro de las 7 Colores" and the relative proximity of the beautiful “Salinas”.
It was living the good vibes of Tilcara, to let myself be conquered by indigenous traditions, to visit mysterious places like Pucara, "Throat of the Devil", "Serro de la Cruz" or the Caves.
It was doing the "Quebrada de Humahuaca", to visit the beautiful church of Ukia, to climb to more than 4.760m of altitude and to lose literally the breath while contemplating the wonderful "Serranía de Hornocal".
And it was feeling the scent of Salta, with a stay in the village of Iruya, which gave me the possibility of making the fabulous “Mirador del Condor” and trekking to San Izidro, forever engraved in my memory.
All this having the happiness of crossing paths with people of great heart like Florence, Juan, Turco, Alex, Franco, Diego, Diego Sanchez, Marghrete, Diego Puerta, Carlos, Gonzalo, Inacio, Ana, Emiliano, Jose, Márcia and Henrique, Javier Rodriguez and all people from Tilcara Mística Hostel.
It was, above all, to experience in unimaginable ways the importance and value of the sun, the infinite grandeur of the universe and my infinite smallness (and still to be a "part" of it, to be earth). Much thanks to the rendezvous with my dear "magician" Javier, who made me feel awake and conscious in each moment while we were together.
It was a realization of how much I grow and learn when I travel, but also the importance of having my "feet on the ground" so that things do not fly in the air; to realize the challenge of staying; the love that I feel and that I wake up in the others.
And it was also the return to Lisbon, to my house. To return in a different way, aware that now it was for real. Assuming that I did much research, planning and experimentation about giving voice to the people and that it was time to materialize my ideas.
And that’s what I am doing, in an absorbing way since I arrived, and that I will continue to do in 2019. 😊 (reviewed by Ricardo Henriques)
“Não gostaste?”, perguntaram-me alguns amigos.
A verdade é que gostei. Gostei imenso! Foi uma viagem tão bonita e intensa que se tornou muito difícil para mim escrever sobre ela. Precisava (julgo que ainda preciso) de digerir tudo o que vivi.
Esta viagem foi muito mais do que conhecer a extraordinária Buenos Aires, com todos os lugares já referidos e outros, como: a “Feria de los Mataderos” (com as suas saborosas sandwiches de “vacío”); o “Paseo del Rio Vicente Lopez”; “La Boca” ou passear-me por “El Caminito”. Em todos eles acompanhada pelo meu muito estimado Alfonso (um verdadeiro anjo da guarda!).
Foi mais que rever companheiros de viagens, como a querida Maribel, Eduardo e Carolina ou conhecer pessoas tão bonitas como a Loly, Agustin, Mariana, Facundo, Cecília, Ana Maria, Messias e toda a malta do Eco Pampa.
Foi celebrar coincidências da vida e rumar ao Norte da Argentina. Deixar-me invadir pela paz das suas paisagens montanhosas, áridas e extraordinariamente coloridas.
Foi passear-me pela bonita cidade de Yuyuy.
Foi sentir a magia de Purmamarca, uma pitoresca povoação, muito colorida, rodeada de montanhas, famosa pelo seu “Cerro de las 7 Colores” e pela relativa proximidade das lindíssimas Salinas.
Foi viver a boa vibra de Tilcara, deixar-me conquistar pelos costumes indígenas, visitar lugares misteriosos como Pucara, Garganta del Diablo, Serro de la Cruz ou las Cuevas.
Foi fazer a Quebrada de Humahuaca, visitar a belíssima igreja de Ukia, subir a mais de 4.760m de altitude e perder literalmente a respiração enquanto contemplava a maravilhosa “Serranía de Hornocal”.
E foi ter um cheirinho de Salta, com uma estadia na povoação de Iruya, que me deu a possibilidade de fazer o fabuloso "Mirador del Condor" e o trekking até San Izidro, para sempre gravado na minha memória.
Tudo isto tendo a felicidade de me cruzar com pessoas de coração grande como a Florencia, Juan, Turco, Alex, Franco, Diego, Diego Sanchez, Marghrete, Diego Puerta, Carlos, Gonzalo, Inácio, Ana, Emiliano, Jose, Márcia e o Henrique, Javier Rodriguez e toda a malta do Tilcara Mística Hostel.
Foi, sobretudo, experienciar de uma forma indescritível a importância e valor do sol, a infinita grandiosidade do universo e a minha infinita pequenez (e, ainda assim, ser sua “peça” única, ser terra). Muito graças ao meu encontro com o querido “mágico” Javier, que me fez sentir desperta e consciente em cada momento juntos.
Foi dar-me conta do tanto que cresço e aprendo quando viajo, mas também da importância de ter “os pés no chão” para que as coisas não pairem no ar. Foi aperceber-me do desafio que é ficar num lugar, do amor que sinto e do que desperto.
Garganta del Diablo
E é o que estou a fazer, de uma forma absorvente desde que cheguei, e que vou continuar a fazer em 2019 😊
English Version
I have not written in a long time ... since I returned from Argentina.
Some friends asked me: "didn’t you like it?".
The truth is that I liked it a lot. I really enjoyed it! It was such a beautiful and intense trip that it became very difficult for me to write about it. I needed (I think I still need) to digest everything I lived.
This trip was much more than knowing the extraordinary Buenos Aires, with all the places already mentioned and others, like: "Feria de los Mataderos" (with its tasty "vacío" sandwiches); "Paseo del Rio Vicente Lopez", "La Boca" or stroll through "El Caminito". In all of them accompanied by my very dear Alfonso (a true guardian angel!).
It was a chance to reunite with travel companions, like my dear Maribel, Eduardo and Carolina or meet beautiful people as Loly, Agustin, Mariana, Facundo, Cecilia, Ana Maria, Messias and all the people of Eco Pampa.
It was a celebration of life coincidences and to go to the North of Argentina. To let me be invaded by the peace of its mountainous, arid and extraordinary colorful landscapes.
It was a walk in the beautiful city of Yuyuy.
A way to feel the magic of Purmamarca, a picturesque village, very colorful, surrounded by mountains, famous for its "Cerro de las 7 Colores" and the relative proximity of the beautiful “Salinas”.
It was living the good vibes of Tilcara, to let myself be conquered by indigenous traditions, to visit mysterious places like Pucara, "Throat of the Devil", "Serro de la Cruz" or the Caves.
It was doing the "Quebrada de Humahuaca", to visit the beautiful church of Ukia, to climb to more than 4.760m of altitude and to lose literally the breath while contemplating the wonderful "Serranía de Hornocal".
And it was feeling the scent of Salta, with a stay in the village of Iruya, which gave me the possibility of making the fabulous “Mirador del Condor” and trekking to San Izidro, forever engraved in my memory.
Trekking to San Izidro
All this having the happiness of crossing paths with people of great heart like Florence, Juan, Turco, Alex, Franco, Diego, Diego Sanchez, Marghrete, Diego Puerta, Carlos, Gonzalo, Inacio, Ana, Emiliano, Jose, Márcia and Henrique, Javier Rodriguez and all people from Tilcara Mística Hostel.
It was, above all, to experience in unimaginable ways the importance and value of the sun, the infinite grandeur of the universe and my infinite smallness (and still to be a "part" of it, to be earth). Much thanks to the rendezvous with my dear "magician" Javier, who made me feel awake and conscious in each moment while we were together.
It was a realization of how much I grow and learn when I travel, but also the importance of having my "feet on the ground" so that things do not fly in the air; to realize the challenge of staying; the love that I feel and that I wake up in the others.
And it was also the return to Lisbon, to my house. To return in a different way, aware that now it was for real. Assuming that I did much research, planning and experimentation about giving voice to the people and that it was time to materialize my ideas.
And that’s what I am doing, in an absorbing way since I arrived, and that I will continue to do in 2019. 😊 (reviewed by Ricardo Henriques)
Climbing to "Mirador del Condor"
Muito bom, Maria!! Viajar é realmente sair de si no melhor sentido.
ResponderEliminar