Portugal - Parque Nacional da Arrábida - Aug 2017

For a English version, please scroll down

O tempo passa depressa e bem! Não me posso queixar, de todo, da minha vida 😉

Tinha programado ir fazer uma caminhada pelo Parque Natural da Arrábida com o Yoni. 
Este meu amigo espanhol, de ascendência portuguesa, partilha comigo o facto de ser filho de psicanalistas, adorar viajar e fazer actividades ao ar livre. 
Ora a Arrábida é reserva natural, famosa pelos seus percursos pedestres, possibilidades de escalada e mergulho. O Yoni não conhecia e, por incrível que pareça eu também já lá não ia há alguns anos (um enorme disparate, considerando que fica tão perto de Lisboa).


Saímos da capital a meio da manhã e, já em Azeitão, resolvemos parar no supermercado onde nos abastecemos generosamente. Pareceu-me um excesso, mas o Yoni come bem e defendia que iríamos queimar as calorias todas consumidas na nossa caminhada.
Chegados ao Parque Natural, fomos inicialmente até sopé sul da Serra, mais precisamente ao Portinho da Arrábida. Esta baía é de facto lindíssima e encontra-se rodeada por encostas verdejantes. Nesse dia o mar espelhava um verde vibrante e, apesar de ser sexta-feira, os acessos estavam bastante concorridos e o estacionamento nada fácil.

Optámos por seguir para Este e, desta vez, arrumámos o carro no limite em que nos era permitido. Ainda assim (e muito à portuguesa), à nossa frente a estrada estreitava e continuava, repleta de veículos estacionados de um lado e do outro (adivinhado-se o aborrecimento que aquilo haveria de dar horas mais tarde). Com estas voltas era já meio-dia e estava um calor de se poder estrelar ovos. A nossa caminhada aconteceu mas não como imaginávamos. Seguimos tranquilamente, limitados pela serra acidentada, muito verde, e o mar, de água tão transparente que dir-se-ia que estávamos no Caribe.
O nosso passeio acabou por decorrer entre a Praia dos Galapos e a Praia da Figueirinha, atentos aos recortes encantadores da falésia. O percurso não tem mais de 2 km mas, de facto, estava demasiado calor. Acabámos por voltar um pouco para trás e escolher como poiso um pequeníssimo recorte de areia e rochas que se revelou o nosso spot
Comemos e passámos o resto da tarde a entrar e a sair da água cristalina e fria, a apreciar o extraordinário cenário e a regozijarmo-nos com a sorte que temos. 
Quanto à caminhada, ficou assente que a próxima vez é que era, começando ou mais cedo ou num dia mais fresco.

Curiosamente e sem ter nada muito programado, terminei o fim-de-semana não muito longe dali. 
Já não via a minha amiga Joana há demasiado tempo e tive o privilégio de matar as saudades que tinha nesse domingo, passando o dia a bordo do barco do seu padrasto. 

Fazendo-me acompanhar de uns biscoitos e de um queijinho de Azeitão, fui ter com ela a Maçã e seguimos para o Porto de Sesimbra, com a mãe e o padrasto. A Helena e o Carlos são um encanto de pessoas. Divertidos, conversadores e de uma grande generosidade fizeram-me sentir imediatamente à vontade. 



O dia estava fantástico, sem vento (coisa rara nos últimos dias!). Saímos do porto na direcção do estuário do Sado, seguindo junto às falésias do Parque nacional da Arrábida. Pouco depois de passarmos a famosa rocha do Leão, ancorámos o barco e passámos uma tarde deliciosa. A Helena tinha preparado um rico e apetitoso farnel e é com alguma vergonha que confesso que me empanturrei de uns figos extraordinários (para mim, os primeiros do ano). Entre mergulhos, amena cavaqueira e petiscos muito saborosos, fomos brindados com a presença de um grupo de golfinhos. Um momento mágico! 

A tarde prosseguiu serenamente. E devagarinho, foi-se instalando em mim uma tranquila felicidade que se prolongou até ao fim daquele dia.

English version

Time passes quickly and in a great way! I can not complain about my life, at all 😉


I had planned to go for a walk at Arrábida's Natural Park with Yoni. This Spanish friend, of Portuguese descent, shares with me the fact of being the son of psychoanalysts, his love for travel and outdoor activities.
Arrábida is a natural reserve, famous for its pedestrian paths, possibilities for climbing and diving. Yoni did not know it and, as incredible as it may seem, I had not been there for a few years  (a huge nonsense considering it is so close to Lisbon).

We left the capital at mid-morning and, already in Azeitão, we decided to stop at the supermarket where we stocked generously. It seemed to me an excess, but Yoni eats a lot and made a point that we would burn all  the consumed calories in our walk.
Arriving at the Natural Park, we went to the southern foothills of the mountain, more precisely to Portinho da Arrábida. This bay is indeed beautiful and is surrounded by green slopes. On that day the sea reflected a vibrant green and, although it was Friday, the accesses were quite crowded and parking was not easy.

We chose to move on East and parked the car where it was allowed. Still (and very much in a Portuguese way), the road ahead became narrowed, filled with vehicles parked on one side and the other. We could guess the annoyance that would come hours later. 

With all this going around it was already noon and it was so hot that we could fry eggs. Our walk happened but not as we imagined. We followed quietly, bounded by the rugged mountain range, very green.  The sea was so transparent that it seemed that we were in the Caribbean.
Our tour ended between Galapos Beach and Figueirinha Beach, attentive to the charming  clippings of the cliff. The course is no more than 2 km but, in fact, it was too hot. 
We ended up going back a bit and choosing to nest in a tiny clipping of sand and rocks that turned out to be our spot. We ate and spent the rest of the afternoon moving in and out of the cold water, enjoying the extraordinary scenery, and rejoicing about our luck. 
In respect to the walk, it was settled that the next time we would do it earlier or in a cooler day.

Curiously, and without having anything scheduled, I finished the weekend not far from there.
I had not seen my friend Joana for too long, and I had the privilege of killing the homesickness I had on Sunday, spending the day aboard her stpefather's boat.
Taking with me some cookies and a little cheese from Azeitão, I went to meet her up in Maçã and we went to the Port of Sesimbra, with her mother and stepfather. Helena and Carlos are charming people. Fun, talkative and very generous. They made me feel immediately at home.


The day was fantastic with no wind (a rare thing in recent days!). We left the port towards Sado estuary, following along the cliffs of Arrábida's National Park. Shortly after we passed the famous Lion's Rock, we anchored the boat and spent a delightful afternoon. 
Helena had prepared a rich and appetizing farnel and it is with some shame that I confess that I got bogged down with some extraordinary figs (for me, the first of the year). Between dives, small talks and very tasty snacks, we were gifted the presence of a group of dolphins. A magical moment! 

The afternoon went on serenely. And slowly, a quiet happiness settled into me and lasted until the end of the day (reviewed by Maria João Venâncio). 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Paço de Arcos/ Alto da Loba - "Moreira Team Kickboxing" - Hoje e sempre!

Espanha - Ponte Vedra/ Armenteira/ Vila Nova de Arousa - May 2018

Portugal - Florescer / Linda-a-Velha - Jun 2017