Bali / Nusa Dua - Adaptações de uma Viajante - Nov 2012

O que é que vos posso dizer... Que a vida passa demasiado rápido e nós não damos por ela, tal a preocupação em cumprir com as nossas rotinas diárias.
Aqui a menina, em 5 dias arranjou um quarto e uma mota e numa semana já trocou de "cidade", de quarto e de mota :) Sempre a andar!

Mas vamos lá então... descobri que a Kylie, uma australiana que alugava quarto na mesma casa que eu, é uma porreira e tornou-se uma companheirona nestes dias. É uma mulher muito espiritual, faz meditação todos os dias, vegetariana à séria (sem peixe, ovos, etc), não fuma e pouco bebe. Tudo a ver comigo :D ;D
Muito simpática, teve a bondade de me mostrar Nusa Dua.
Em reciprocidade, levei-a a beber copos com o Reymund e com o Romano, os meus primeiros amigos em Bali (esses comem carne, bebem bem, fumam que parecem dragões e jogam muito bem snooker!). São de facto encantadores e podemos falar com eles horas a fio sobre a vida e sobre nós próprios. Tenho pensado muito sobre mim e sobre o mundo e eles os 3 têm-me feito pôr em causa uma data de coisas que sempre considerei como garantidas. Às vezes não é fácil mas é muito bom!

Quando cheguei, procurei tentar perceber onde estava, o que girava à minha volta e como era a vida. Para tal, aluguei uma mota, feliz com o preço acordado (sem ter a mínima noção do que fazia) e tentei ambientar-me ao meio de transporte (sim, nunca tinha guiado antes!).

Acabei por ir passear com a Kylie e conhecer as praias de Nusa Dua que realmente são muito bonitas. Apesar das rochas que as caracterizam, o areal é branco e forma um recorte lindíssimo, ora extensas línguas de areia ora largas baías. Ao longe é possível ver ondas perfeitas, resultado dos corais que se extendem ao longo da costa.
Já sabia e reconheci imediatamente que aquele incrível spot não era para mim. No meio do "que lindo!" , surge na minha cabeça um: "já me basta a mota para me partir toda".
Cheguei orgulhosamente a casa, sem mazelas e cedo me gabei ao Peter (o meu anfitrião), que me respondeu com um "bravo, sobreviveste a mais um dia em Bali!"

No dia seguinte, reparei com tristeza, pela primeira vez, que os espelhos da minha mota não se sustém e giram como cataventos quando ando a mais de 10km/h... Lá fui eu toda contente reunir com a Role Foundation, organização onde fiquei de fazer voluntariado, ajudando-os na organização do programa internacional de voluntarioado, que de facto está a precisar de um empurrão.

Ainda assim consegui espalhar-me de mota 2x naquele dia e, com algumas nódoas negras e o reconhecimento de "corajosa" de algumas personagens, achei que já tinha levado a minha conta e passei o meio de transporte a Kylie (pessoa mais experiente neste tipo de matéria). Nesse mesmo dia, comprei umas luvas e outro material e, muito francamente, passei o resto do tempo a gozar comigo própria e com a minha aselhice  J J




(NOTA: Esta crónica é relativa a uma temporada passada na Indonésia - Bali, à data Novembro de 2012. Corresponde ao que vivi e senti à data)

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